A disputa pelo posto de carro esportivo mais rápido no teste Folha-Mauá 2018 foi definida por dois décimos de segundo.

O Ford Mustang chegou aos 100 km/h em 4,4s, superando o Chevrolet Camaro (4,6s), seu principal concorrente. Ambos são equipados com motores V8 à moda antiga, que consomem bastante gasolina e fazem os pneus girarem em falso nas arrancadas.

O campeão do Ranking Folha-Mauá 2018 tem 466 cv de potência e custa R$ 315,9 mil. Sua história começa em 1964, ano em que a primeira geração foi apresentada no Salão do Automóvel de Nova York.

O modelo atual tem caixa automática de dez marchas com trocas rápidas, que fez diferença na pista. Esse componente pode virar o jogo a favor do Camaro neste ano.

A linha 2019 do esportivo Chevrolet acaba de chegar às lojas do Brasil, agora equipada com o mesmo câmbio do rival da Ford. A versão 2018 testada em julho usava a opção anterior, de oito marchas.

 

Líder de vendas

Em vendas, a vantagem do Mustang é mais folgada. Com 928 unidades emplacadas até novembro, é o líder no segmento. O segundo colocado é o Porsche 911 (a partir de R$ 515 mil), com 178 licenciamentos. Os dados são da Fenabrave, que representa os revendedores de veículos.

O resultado não faz a montadora americana se empolgar muito. “O mercado está crescendo, mas não como em tempos passados”, diz Rogelio Golfarb, vice-presidente da Ford na América do Sul.

 

A Ford

A marca passa por um processo de reestruturação global. O Focus deixará de ser produzido na Argentina em maio e seu substituto não está definido. A empresa deve colocar um utilitário esportivo ou uma picape em seu lugar.

No momento, a maior certeza da marca é a continuidade do Mustang no mercado. O carro demorou 54 anos para estrear oficialmente no Brasil e precisou de menos de cinco segundos para conquistar o título de mais rápido do ano.

 

Como são feitos os testes (Título diferenciado)

O teste Folha-Mauá é uma parceria entre a Folha e o Instituto Mauá de Tecnologia. As medições são feitas desde 1996 com instrumentos de precisão.

As médias horárias são aferidas por GPS e gravadas em computador durante as passagens pela pista da empresa TRW, em Limeira (a 160 quilômetros de São Paulo).

O consumo é aferido em duas etapas: a primeira, com velocidade constante de 100 km/h, simula um percurso rodoviário. A segunda é feita em circuito urbano. Ambas ocorrem na cidade de São Caetano do Sul, na Grande São Paulo.

Leia também