Foi no Vale do Silício, celeiro de startups e de inovação na Califórnia, nos Estados Unidos, que surgiu uma figura híbrida, de nome estranho: o “growth hacker”.

Misto de marqueteiro, analista de dados e programador, esse novo profissional, em alta demanda, cria e testa estratégias para que empresas cresçam muito, e rápido.

 

A nova modalidade

A área de “growth” (crescimento) de empresas é responsável por entender o que quer o cliente, pensar em como modificar o produto para agradá-lo, testar essas ideias e medir os resultados. Tudo para aumentar as vendas ou os acessos ao site ou aplicativo, por exemplo.

“Isso exige criatividade, empatia, entender de psicologia”, afirma o “growth hacker” Bruno Etchepare, 31.

O criador do nome da profissão é o norte-americano Sean Ellis, que foi chefe do marketing no Dropbox, serviço de armazenamento online lançado em 2007.

 

Poucos profissionais

Como se trata de uma profissão recente – o nome foi criado em 2010 -, ainda há poucos cursos na área. Boa parte dos profissionais são autodidatas: ou formados em marketing que aprenderam a analisar dados de consumidores ou especialistas em números que estudaram marketing digital.

“É um profissional que precisa ter um monte de habilidades superficiais e ter uma parte em que é especialista”, diz o  “growth hacker”, Ramon Bez.

Saber pelo menos o básico de programação ajuda, para conseguir comunicar a outro profissional as mudanças que quer fazer no seu site ou no seu aplicativo.

Depois, é só colocar a mão na massa. Segundo Tahiana D’Egmont, 32, diretora de marketing da empresa de passagens Maxmilhas, há dicas na internet aplicáveis a vários negócios. “Ponha em prática com coisas pequenas, como seu blog”, comenta.

 

Demanda

Segundo Leandro Bittioli, gerente da divisão de tecnologia da informação da recrutadora Talenses, a demanda pelo profissional de “growth hacking” tem sido cada vez maior em empresas. “Pois é um tema que obviamente toda e qualquer empresa tem interesse: crescer”, afirma.

As vagas costumavam estar concentradas em startups de tecnologia, mas hoje estão abertas em empresas de portes e segmentos variados.

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