Cansaço constante, dificuldades de concentração e irritabilidade excessiva são sintomas de estresse, um dos maiores responsáveis por doenças como infarto e AVC (acidente vascular cerebral).

De acordo com pesquisa de Harvard (EUA), situações estressantes alteram os níveis de células do sistema imunológico e o fluxo sanguíneo acaba reduzido, favorecendo a formação de coágulos.

 

“O gatilho”

Para o cardiologista e especialista em infarto do HCor (Hospital do Coração) Leopoldo Piegas, o estresse “é um gatilho”. Mesmo que não cause as doenças sozinho, o estresse induz a outros fatores de risco.

“O estressado come mais e de forma desregrada, não se exercita, fuma e dorme mal. Tudo contribui”, esclarece o médico.

Segundo estimativas do Ministério da Saúde, 30% das mortes no Brasil são causadas por doenças cardiovasculares. Elas podem ser causadas por fatores genéticos, mas o risco é muito maior em pessoas com colesterol alto, diabetes, hipertensão e hábitos de vida pouco saudáveis, diz o cardiologista Paulo Frange.

 

Evitando o problema

O cardiologista Lucas Velloso Dutra, do Complexo Hospitalar Edmundo Vasconcelos, afirma que mudar o estilo de vida é mais importante do que fazer exames.

“Nosso corpo não aceita desaforo. Se não cuidar, uma hora vai pagar o preço”, diz. “É preciso lembrar que além do risco de morte, as doenças cardiovasculares aumentam o risco de diminuir qualidade de vida do paciente, devido às sequelas”, ressalta Dutra.

Dores no peito, náuseas, aperto na garganta e formigamento no braço esquerdo e pescoço são alerta para investigar um possível infarto e evitar uma morte súbita. “Só uma avaliação médica com eletrocardiograma e exames laboratoriais pode identificar a causa das dores”, afirma Piegas.

 

Dê um basta ao desgaste

Conhecer a razão do estresse pode não ser difícil, mas lidar com ela, às vezes, exige auxílio de um profissional.

“É preciso criar estratégias para resolver uma situação estressante e evitar que ela não desgaste outros setores da vida”, diz o psicólogo Yuri Busin.

De acordo com o especialista, fazer atividades puramente por prazer e aprender a dizer “não”, são fundamentais no processo.

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