Muitos dizem que somente após o Carnaval o Brasil começa a ‘andar’, e é exatamente assim que vai funcionar também no cenário político. Muito ainda se especula sobre os possíveis candidatos à disputa pela Presidência da República e quais serão as manobras dos partidos para conseguirem nomes que possam, de fato, duelar nesse pleito.

 

Da TV para o poder?

O apresentador Luciano Huck está sendo cotado para essa disputa e, nos bastidores políticos, a conversa é de que seus aliados já trabalham para a concretização da candidatura.

Para o cientista político, Hilton Fernandes, Luciano Huck somente surge pela falta de nomes tradicionais à disputa. “A candidatura de Luciano seria uma derrota para ele e, caso ganhe, se tonaria uma vidraça  – o responsável pela situação do país. Acredito que ele só entraria se tivesse uma base muito forte e uma chance muito grande de vencer”, explica.

Quanto ao interesse do PPS em ter Huck como o candidato, Hilton comenta que “é um partido que não tem estrutura para disputar uma eleição, a não ser que consiga fazer uma boa aliança”.

 

Sem expressão

O presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia, já viabiliza engavetar o texto da Reforma da Previdência não apenas por falta de votos favoráveis no Congresso, mas pelo interesse do parlamentar em disputar a Presidência.

Para Hilton Fernandes, essa possível decisão do aprlamentar é apenas para aumentar o seu cacife. “É difícil que Maia seja o candidato porque o seu partido não tem grandes lideranças. O que pode ocorrer é de, eventualmente, formar chapa e ser candidato a vice”, fala.

 

Os outros nomes

Para o cientista político, a possibilidade de Michel Temer vir como candidato seria apenas um meio para impedir que seja investigado. “Ele é um candidato fraco, e é muito difícil que seu partido o queira na disputa”, comenta Hilton Fernandes.

Por ter um fraco posicionamento político e não conseguir os votos necessários para votar a reforma da Previdência, Henrique Meireles pode não aparecer na eleição. “Não teve muito o que apresentar como bom gestor, apesar de ser um bom nome”, fala o cientista político.

No que diz respeito a Jair Bolsonaro, Hilton Fernandes comenta que “ele consegue ocupar um espaço porque ainda não surgiu um candidato que apareça como competitivo. Porém, está em um partido pequeno”.

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