Há menos de seis meses de deixar a Presidência da República, Michel Temer se vê cada vez mais rejeitado pelo povo brasileiro. Segundo pesquisa Datafolha, realizada entre 6 e 7 de junho, 82% da população considerou a gestão do emedebista ruim ou péssima, 14% regular e 3%, ótima e boa.

O desempenho na economia é um dos principais pontos que leva à insatisfação dos brasileiros. Além disso, pesa contra Temer os escândalos de corrupção e a imagem pessoal.

 

Impopularidade histórica

Desde abril deste ano, a rejeição ao governo Temer aumentou 12%. Sendo assim, ele bateu o próprio recorde como o presidente mais impopular desde a redemocratização do Brasil, em 1989.

A avaliação negativa da gestão de emedebista cresceu em todas as faixas de renda e escolaridade e nas cinco regiões do país. No Nordeste, a rejeição atingiu os 87%.

Na verdade, Temer nunca foi bem aceito pela população, pois já começou o governo com uma rejeição de 30%. O índice aumentou nos meses seguintes, após a adoção de medidas fiscais e escândalos de corrupção envolvendo o seu grupo político.

 

Economia e corrupção

Uma das promessas de Temer, durante o processo de impeachment da ex-presidente Dilma Rousseff (PT), era a retomada da economia. No entanto, as medidas adotadas não surtiram os efeitos esperados pela população – fator que contribui para a péssima avaliação na pesquisa.

Os dados mostram que 51% da população estão descontentes com a economia do país. Os aspectos apontados foram o desemprego, os preços dos combustíveis e os impostos.

Outro ponto lembrado é o envolvimento do presidente nos esquemas de corrupção. Em 2017, Temer alcançou 69% de reprovação após a delação da JBS. Ele também foi denunciado pela Procuradoria-Geral da República por suposto recebimento de propina.

 

Últimos escândalos

Na última quinta-feira, 14, foi noticiado que a Polícia Federal vê indícios de que Temer estaria envolvido com a compra do silêncio do ex-presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha, e do operador Lúcio Bolonha Funaro.

Temer também teve as contas de 2017 aprovadas com ressalvas pelo Tribunal de Contas da União, que fez 24 recomendações a diferentes órgãos do governo.40

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