Carulina Costa

O empresário Bruno Santos vem enfrentando uma oposição pesada em Osasco. Está buscando, junto à Câmara de Vereadores a investigação dos contratos envolvendo o setor da Saúde na cidade – e todas as irregularidades e desmandos que vêm afligindo os cidadãos na área.

A liderança de Bruno, com o apoio do MBL (Movimento Brasil Livre), já incomoda o prefeito e boa parte dos políticos da região. Ele nos concedeu a seguinte entrevista nesta semana.

JT&FÔ: Na sua opinião, estão surgindo novas lideranças políticas capazes de enfrentar a velha metodologia imposta nos meandros do jogo de poder?

B.S.: Se falamos aqui de lideranças conservadoras, a resposta é sim. Um sim convicto, aliás. O MBL e seus membros eleitos são a prova viva disso, pois, além de estarem fazendo um trabalho excepcional dentro e fora dos plenários, não compactuam com absurdos de regalias gerados por anos de exploração da dita “velha política”.

JT&FÔ: Como a nova política – essa que foi eleita para combater a figura do político estereotipado do Brasil – pode trabalhar para construir alianças produtivas baseadas não em politicagem inescrupulosa?

B.S.: Criticamos e alertamos para esse tipo de charlatanismo desde o início das eleições. Infelizmente ou felizmente, estamos passando por um período de transição em vários setores e é impossível nos livrarmos de oportunistas em uma só tacada. Eles estão por todos os lados, incluindo na chamada “Direita”. Contudo é nosso papel, e de toda sociedade de bem, cobrar postura e não aceitar a reeleição dos que não cumprem o prometido.

JT&FÔ: Como você enxerga a evolução do cenário político envolvendo o MBL para 2020?

B.S.: O desespero visível da Esquerda para com o MBL é justamente por perceberem que somos unidos e intransigentes quando o assunto é “levar esse país adiante”. Em 2020, acredito que o MBL Osasco terá um papel ainda mais importante na política municipal, traremos o novo jeito de se fazer política, e trabalharemos firme para conscientizar a população a não reeleger velhos politiqueiros.

JT&FÔ: Quais são as principais frentes de atuação do MBL aqui na região?

B.S.: Saímos às ruas, mobilizados protestos e passeatas (sempre pacíficos e de acordo com as leis), conversamos e conscientizamos a população da maneira mais antiga, direta e eficaz possível, no olho no olho. É assim que temos feito desde na pauta da saúde, onde encabeçamos a militância na cobrança de uma CPI em Osasco, para investigar diversos contratos feitos nessa gestão. Além disso, vamos acompanhar com bastante atenção os desdobramentos da divulgação do relatório do Tribunal de Contas do Estado, na última terça-feira. De acordo com o documento, praticamente todas as prefeituras da região, à exceção de Carapicuíba, podem estar burlando a Lei de Responsabilidade Fiscal, cometendo irregularidades na gestão orçamentária. Não podemos nos calar. E muito menos assistir tudo isso sem pensar na mudança. Ela vai acontecer.

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