Nos últimos dias, o Brasil direcionou os olhares para a tragédia/crime que ocorreu em Brumadinho. Enquanto isso, o cenário político continua fervoroso em torno de assuntos como a cirurgia do presidente Jair Bolsonaro (PSL), o processo investigatório do Coaf sobre as movimentações financeiras ‘atípicas’ entre o senador Flávio Bolsonaro e o ex-motorista Fabrício Queiroz, os meandros da Reforma da Previdência, e as manobras para a eleição da Câmara dos Deputados e o Senado.

 

Seguindo o caminho

Em recuperação, após a cirurgia para retirar a bolsa de colostomia, o presidente começou a despachar de um gabinete improvisado no hospital. Segundo o porta-voz Otávio do Regô Barros, ele já fez despachos e as reuniões com os ministros não serão presenciais, mas sim por videoconferência.

Uma das determinações de Bolsonaro, segundo o secretário especial da Previdência e Trabalho, Rogério Marinho, é a de que todos os segmentos sejam inclusos na Reforma da Previdência.

“Ninguém vai ficar de fora. O presidente vai apresentar um projeto que levará em consideração todos os segmentos da sociedade brasileira”, disse Marinho, na última quarta-feira, 30.

 

O sobrenome pesou?

Muito se especula sobre a possibilidade de o governo federal adotar alguma medida diante do caso do Coaf envolvendo o senador Flávio Bolsonaro.

Dizem por aí, que os militares – que compõem o governo – já isolaram o filho do presidente da República e que a tendência é que o pai, Jair Bolsonaro, faça o mesmo. Na semana passada, o vice-presidente, Hamilton Mourão, declarou que “o único problema do senador é o sobrenome e que esse problema não é do governo e sim do parlamentar eleito e do ex-motorista”.

Na próxima semana, com o fim do recesso do STF (Supremo Tribunal Federal), os ministros deverão analisar o pedido de Flávio para que um procedimento investigatório sobre ele seja enviado a Corte.

 

Manobras para eleição

A escolha do presidente da Câmara dos Deputados está agendada para essa sexta-feira, 1º de fevereiro. Os rumores é que o deputado Rodrigo Maia (DEM) consiga se reeleger – ele está no comando da Casa desde julho de 2016 – diante do apoio de 14 partidos, que contam com 271 parlamentares.

Para ser reeleito, Maia precisa contar com a votação da maioria dos deputados – é preciso que na sessão estejam presentes, ao menos, 257 parlamentares.

A escolha do presidente do Senado também ocorrerá hoje, 1º de fevereiro – pelo menos oito nomes estão na disputa. No entanto, a polêmica é em torno da votação ser secreta ou não.

Leia também