O relatório da Polícia Federal sobre a Operação Prato Feito no município, na semana passada, revela irregularidades nos contratos entre a prefeitura e as empresas Le Garçon Alimentação e Serviços Ltda e Jumach Comercial Ltda.

 

Contratos milionários

A PF investigou que a Le Garçon recebeu da prefeitura quase R$ 50 milhões de reais em contratos de merenda escolar. Para os investigadores, há uma possível fraude na execução do contrato.  Em um dos áudios da investigação, o dono da empresa Fábio Favaretto comemora a vitória do prefeito Mamura Nakashima na eleição de 2016.

Segundo a PF, o teor dessa conversa indica que Fábio conta com a participação de algum lobista ou agente público que lhe garante a manutenção de contratos fraudados de merenda escolar no município. O contrato de 2013 teve a última prorrogação firmada em junho de 2017, com vigência até junho de 2018.

Quanto à empresa Jumach, cujo proprietário é Joselir Fabri Junior, a PF constatou que o contrato com a prefeitura ocorre desde 2013 e que até meados de 2016 foi pago ao empresário mais de R$ 2.500.000,00. Em novembro de 2016 foi localizada uma transferência bancária de R$ 10 mil na conta de Joselir para Rodrigo Lino de Souza, filho de Selma de Fátima de Souza Lino, servidora da prefeitura de Itaquaquecetuba.

 

Prefeito

A PF pediu a prisão temporária de Fábio, Joselir, Rodrigo e Selma, e informou que há indicativos de vantagem ilícita ao prefeito em exercício, na época candidato à reeleição, em troca de futuro contrato público.

Quanto ao prefeito Mamoru Nakashima, a Polícia Federal comunica que “o elementos são muito incipientes para se afirmar envolvimento do prefeito em exercício nas fraudes, razão pelo qual os fatos estão sendo apresentados”.

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