Num mundo de celular na mão, a avaliação das pessoas passa por um vídeo postado nas redes sociais – e pela maneira como tudo se espalha rapidamente.

Mesmo assim, essa mudança de comportamento ainda não conseguiu uma resposta eficaz do Poder Público.

Ao longo de 2017, os testes aplicados diariamente aos políticos, seus assessores e todos os servidores foram incansáveis. A população está cada vez mais consciente do poder que tem nas mãos. Literal e figurativamente.

E os danos tendem a ser letais – principalmente quando o caos se repete em vários comentários, depoimentos e imagens que chegam a gritar, sem dar espaço para respostas padronizadas.

Falta às eficientes equipes de soldados digitais descobrir como agir. Políticos soam falsos quando usam as redes sociais com vídeos editados, maquiagem e palavras decoradas. Vira piada. Sem qualquer credibilidade. E isso é comprovado por pesquisa. O povo não “compra”. O clássico caso de tiro que sai pela culatra. Porque só quem dá “like” são os funcionários da administração que muitas vezes são obrigados a isso. Faz parte das atribuições. Curtir e bajular.

É onde mora o ponto nevrálgico dos tempos atuais em termos de comunicação. Os vídeos postados sem edição, com as imagens mais impensáveis, por vezes engraçadas, por vezes caóticas, ou por vezes, extremamente trágicas e tristes – são justamente aqueles que a população enxerga como retrato da verdade.

Porque é onde entra aquilo que não mente. Os fatos. E contra fatos, não existem argumentos.

E é desta forma que os atuais governantes e seus asseclas estão sendo avaliados. Constantemente. De maneira absoluta e implacável.

Esses políticos ainda não entenderam que não adianta fazer campanha pelo “Face”. A “campanha” acaba sendo os comentários nos vídeos que mostram os assaltos cotidianos. Ou as reclamações incessantes sobre o sistema de Saúde Pública, por exemplo. Na página do prefeito, tudo parece lindo. É claro, passa por censura e edição. Mas no mundo “real”, o povo fala sem dó. Cada vez de maneira mais ácida.  

Aos magos do marketing pessoal, falta “sacar a maldade” da comunicação desses tempos. E parar de enganar seus patrões prefeitos com tapinhas nas costas e o sonho de que ele está “arrasando” quando na verdade é execrado pelo povo sem dó.

Se não tem atitude, lisura e mudança de comportamento, esquece.

Infelizmente, a seleção natural que começa a ser feita pelos usuários da internet no país e no mundo, ainda não foi compreendida pelos nobres senhores que ocupam as cadeiras do poder.

Trata-se de um mundo em ebulição e transformação – onde a falsidade, aa resposta padrão ou a omissão estão fadados ao fracasso. Amém a isso.

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