O que restou da política brasileira fora o clima de disputa acirrada que parece reinar em todas as famílias, em muitas amizades desfeitas e conversas de bar?

Algumas pessoas podem dizer, desanimadas, que o que sobrou foi o velho “centrão”, que fica ali, apenas esperando o momento certo para dar o bote e conseguir lucrar com os infortúnios que surgem no cotidiano de Brasília.

Mas seria faltar com a atenção, aqueles que não conseguem ver na postura dos filiados e militantes do partido Novo algo realmente diferente no ar.

Tem gente que torce o nariz para eles, chamando-os de Isentões. Mas o fato é que eles conseguem manter uma ilha de sanidade ética no meio do mar de discursos limitantes que tomou conta do cenário político nacional.

O fato é que quando uma pessoa se permite ouvir o que o voluntário do Novo tem a dizer, ela percebe que ele não defende o partido porque precisa do emprego que vai conseguir quando o partido assumir o poder.

Simplesmente porque a postura de todos os dirigentes e líderes do partido é deixar claro que os benefícios até dos eleitos não devem existir.

Não existe apadrinhamento. Não existe jogo de interesses. Não existe combinados por baixo dos panos. Não existe pano.

Se você quer concorrer num cargo eletivo pelo Novo, você precisa passar por um processo seletivo e precisa provar que tem: em primeiro lugar, Ficha Limpa, e em segundo lugar, ideias concretas do que pretende fazer com o seu cargo. Depois, você vai ter de pegar no pesado, e trabalhar muito.

E se você não quer concorrer, mas pretende ser um membro do partido, não adianta apenas fazer doações esporádicas. Você vai ser chamado a participar. Vai tomar decisões em conjunto, vai sentir que precisa se engajar, para que as coisas aconteçam.

Porque você vê que não existe mágica. Se não existe dinheiro público sendo usado, e o trabalho precisa ser feito, todos precisam acreditar e vender a ideia.

Então, diante dos movimentos destes voluntários para a materialização dos diretórios municipais, diante de todo empenho e comprometimento deles, não é de se estranhar que o partido consiga grandes resultados em 2020.

Simplesmente porque o povo brasileiro nunca precisou tanto de novos jeitos de se pensar a política.

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