A escassez é uma palavra bem forte. Geralmente, a escassez é a responsável pelas atitudes ou pela ausência delas – em várias áreas da vida.

Ouse abrir o leque. Até para as relações pessoais, a carreira, ou as necessidades básicas. A escassez vai ter um papel definitivo. Ela vai determinar a postura do leão diante da presa. A resposta do profissional desvalorizado e cansado. A motivação de uma mãe que não tem comida a oferecer para os filhos.

E quando a escassez atinge o seio de toda uma sociedade? A escassez de valores, de conhecimento – chegando à fome e ao desamparo.

Achar culpados pela escassez é quase sempre a saída mais simples. O culpado é o outro. O ambiente hostil. As dificuldades.

Mas infelizmente, procurar os culpados não finda a escassez. Ela só vai embora quando chega a abundância. E, salvo o caso da chuva na terra seca, a abundância dificilmente cai do céu.

Então o que fica de aprendizado? Por exemplo, se o emprego não te entrega abundância em recursos e paz, cabe a você procurar a saída. É assim na natureza. É assim na vida.

O brasileiro hoje sofre de escassez profunda. E não estamos falando apenas de petróleo nos tanques dos carros. Existe a escassez de direção. A escassez de valores. A escassez da tolerância.

Esse terreno árido, infelizmente é fértil para tudo que perpetua sua condição. Quanto mais seco, mais seco permanece. A chuva, num sentido figurado aqui, precisa ser conquistada. Ela não vai cair do céu. Ela vai precisar de mudanças de atitudes para chegar. Mudanças de comportamentos.

Enquanto o brasileiro se considerar vítima de circunstâncias e não entender o seu papel, toda a escassez vai permanecer. Drenando as relações familiares, as amizades e as alegrias. O ambiente fica cada vez mais pesado. Difícil. Nada de bom brota. Apenas mais intolerância. Mais desgosto e descontentamento.

A quem interessa essa escassez? Quem ganha com um povo sedento e perdido? Quem consegue abundância num cenário como esse?

Culpar o “político” e o “corrupto” é justo. Acontece que não resolve o problema. Não aplaca a escassez.

Use seu cérebro e faça um exame de consciência. Até onde você não pode mudar a sua própria realidade? A começar por buscar soluções ao invés de ficar praguejando com o celular na mão.

Não é um trabalho fácil. Não é. Muitas vezes a gente nem sabe por onde começar. E a tentação de acreditar “eu não mudo nada sozinho” paralisa. Mas as pequenas diferenças, em várias esferas, vão construindo a grande mudança.

Reflita. Acredite. Lute com as ferramentas que você tem. A abundância virá.

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