O projeto Janeiro Branco faz desse mês um marco temporal estratégico para que todas as pessoas reflitam, debatam e planejem ações em prol da saúde mental e da felicidade em suas vidas.

Dessa forma, a campanha convida o cidadão a pensar sobre a sua vida, o sentido e o propósito, a qualidade dos relacionamentos e o quanto ele conhece sobre si mesmo, suas emoções, seus pensamentos e comportamentos.

 

Um alerta ao homem

Segundo os idealizadores do projeto, essa campanha foi pensada, planejada e projetada para a promoção da saúde emocional na vida de todos os indivíduos que compõem a humanidade, buscando estratégias políticas, sociais e culturais para que o adoecimento emocional seja prevenido, conhecido e combatido em todos os campos, esferas e dimensões em que o ser humano se faz presente.

“Os humanos são seres de conteúdos psicológicos e subjetivos que em suas vidas, necessariamente, são estruturados em torno de questões mentais, sentimentais, emocionais, relacionais e comportamentais. Sendo, portanto , imperioso e necessário que a subjetividade humana possua lugar de destaquem na cultura e nos cotidianos, sob pena se sermos vítimas de nós mesmos e de quem despreza as próprias necessidades psicológicas”, informa a campanha.

 

Reflexões difundidas

A campanha, em todo Brasil e outros países, ganha destaque porque chama atenção de todos para o cuidado consigo e com os outros e, também, para a importância das lutas por políticas públicas em defesa da saúde mental.

“Psicólogos e profissionais – da saúde ou não – estão se mobilizando para levar mensagens e reflexões aos indivíduos e instituições às quais esses mesmos cidadãos encontram-se entrelaçados: “quem cuida da mente, cuida da vida”; “quem cuida das emoções, cuida da humanidade”; “quem cuida de si, já cuida do outro”; “o que você não resolve na sua mente, o corpo transforma em doença” e “o autoconhecimento: isso também tem a ver com a sua saúde mental”. O mundo tem pedido isso e o Janeiro Branco se propôs a atender a esse chamado de ajuda”, descreve a campanha.

Em um dos materiais publicitários do projjeto está descrito que “sem saúde mental não há paz, não há sossego, não há harmonia nas relações e nem energia para cuidar das próprias coisas da vida e das coisas da vida de quem se ama”.

 

Ajudando o outro 

Mudanças bruscas de comportamento, abuso de substâncias e irritabilidade podem ser os primeiros sinais de que uma pessoa próxima a você esteja com a saúde mental debilitada.

Segundo Rodrigo Leite, coordenador dos ambulatórios do IPq (Instituto de Psiquiatria) do Hospital das Clínicas da USP, ninguém sabe muito bem como se comportar no momento em que se depara com uma situação como essa. Mas a primeira coisa a se fazer é prestar atenção ao início dos sintomas.

“Não precisa esperar a pessoa quebrar a casa inteira para ver que tem algo errado”, diz Leite. “Os transtornos não começam do dia para a noite. Seguem um curso, que começa com alterações mais leves, que, se não são tratadas, vão evoluindo para alterações comportamentais mais grosseiras”, diz.

A busca por ajuda nesses casos nem sempre é fácil, considerando os preconceitos envolvidos com a saúde mental. Por isso, o apoio e a conversa com pessoas próximas podem ajudar quem está com dificuldades.

Uma coisa importante é evitar o julgamento dos sentimentos de quem se encontra em dificuldade. Outro passo é buscar mostrar que há serviços de saúde, tanto públicos quanto privados que podem ajudar – o que pode ser importante para a sensação de acolhimento e definição do que fazer.

 

*Com Folhapress

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