Claudineia Sartori

 

Após pesquisar, cheguei a conclusão que o Dia Internacional das Mulheres não é marcado por um único evento, ele foi construído ao longo dos anos a partir de várias mobilizações por grupos de mulheres que reivindicavam, entre outras coisas, o direito ao voto, melhores condições de trabalho, equiparação salarial e licença maternidade. Em 1975, a Organização das Nações Unidas oficializou o dia 8 de março como sendo a data comemorativa do Dia Internacional da Mulher. Há divergências sobre qual foi o evento causador para a comemoração deste dia, mas com certeza todos  levaram a refletir sobre o papel da mulher na sociedade.

Estas conquistas representam um novo olhar para a mulher. Aos poucos passa a ser reconhecida, mas ainda vivendo outros papéis: de mãe, filha, companheira, profissional, além de ser feminina. Um novo olhar para o qual até hoje nos deparamos com grandes questionamentos sobre o que é mais adequado: cuidar dos filhos? Construir uma carreira? Investir em um relacionamento? Dá para fazer e ser tudo? Sim, nosso feminino é algo sagrado e nos foi dado como um presente, possuímos a intuição que é nossa grande aliada, geramos vidas, alimentamos o corpo e a alma, e ainda oferecemos amor incondicional, mas também somos feras, guerreiras e batalhadoras. E podemos sem dúvida alguma realizar nossas escolhas sem medo de ser feliz.

Então o que é ser mulher? Como a mulher esta usando seus direitos conquistados? Esta questão é bastante recorrente na clínica e o trabalho de psicoterapia acontece no sentido de buscar a essência feminina sem romper com as conquistas, realizar a integração permitindo que nossas escolhas sejam simplesmente a realização dos nossos desejos. Continuar com o movimento iniciado lá no passado, mas atualizá-lo e permitir-se simplesmente ‘ser mulher’.

Quando não se é poeta, acaba se valendo do presente que eles nos oferecem e conforme ia refletindo lembrava de músicas que sabiamente retrata o universo feminino – ”nas duas faces de  Eva a bela e a fera…um sexto sentido maior que a razão… ( Cor de rosa choque)”; ”porque nem toda feiticeira é corcunda….sou mais macho que muito homem…(Pagu); “depende de nós quem já foi ou ainda é criança, acredita ou tem a esperança….(Depende de nós) – porém, a que mais chamou atenção foi “quero toda sua liberdade, quero toda essa vontade e ir além…ir além…(Vitoriosa). Como o próprio nome já diz tudo.

Feliz dia mulher, vitoriosa!

 

Claudineia Sartori é Psicóloga Clínica e Hospitalar

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