Mirian Goldenberg

 

Perguntei para homens e mulheres: “De que você precisa para ser (mais) feliz?”.

Um músico de 39 anos respondeu: “Eu preciso ganhar mais dinheiro”. Uma vendedora de 24 anos disse: “Queria ter um marido rico que me desse um cartão sem limite, queria ser magra, como minha amiga”.

Perguntei em que momento do dia eles se sentem mais infelizes. Eles disseram que é quando acordam cedo ou estão presos no trânsito.

É curioso perceber que ao responderem sobre o que precisam para serem felizes, eles se comparam com pessoas próximas e valorizam itens como dinheiro, consumo e beleza. Mas quando falam de suas experiências cotidianas, revelam que a felicidade está em coisas simples, que não custam nada, como abraços, risadas, amizades, reconhecimento.

Uma dentista de 36 anos disse: “Quando chego em casa e vejo meu marido e filhos, agradeço a Deus todos os dias por esta felicidade”. Um engenheiro de 57 anos respondeu: “Quando vou à praia jogar futebol com os amigos e beber minha cervejinha”.

Eles e elas mostram que se sentem mais felizes quando valorizam e apreciam as coisas mais simples e gostosas que acontecem no cotidiano. Mostram também que reclamar do que falta em suas vidas e se comparar com os outros são os maiores inimigos da felicidade.

Então, em que momento do seu dia você se sente mais feliz?

 

Mirian Goldenberg é antropóloga e professora da UFRJ

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